Um dos sonhos mais desejados é a compra de um imóvel, seja ele uma casa, um apartamento ou outro tipo de propriedade. Isso também representa um dos maiores desafios financeiros da vida. Para tornar esse objetivo possível, o planejamento financeiro é fundamental. Veja a seguir os passos essenciais para se organizar financeiramente e conquistar seu imóvel de forma segura e tranquila.
- Defina seu orçamento e o valor do imóvel
Antes de começar o processo de compra, é importante saber quanto você pode gastar, levando em conta sua renda, suas despesas mensais e o valor que você pode comprometer com a prestação do financiamento.
Uma boa dica é procurar imóveis dentro do seu orçamento, considerando também custos extras como taxas de escritura, Imposto de Transmissão de Bens Imóveis - ITBI e despesas com mudança e reformas, caso necessário. Se você deseja financiar o imóvel, uma regra comum é que o valor da prestação não ultrapasse 30% da sua renda mensal.
- Estabeleça um valor para a entrada
A entrada é uma das etapas mais importantes na compra do imóvel. Ela corresponde a uma porcentagem do valor total do apartamento e é paga à vista no momento da negociação. Em média, a entrada varia entre 20% e 30% do valor do imóvel, embora esse percentual possa variar dependendo do banco ou da construtora.
O ideal é começar a economizar para a entrada o mais cedo possível. Para isso, defina um valor mensal a ser poupado e escolha uma aplicação que tenha um rendimento mais alto que a poupança, como CDBs ou fundos de investimento de baixo risco, para acelerar esse processo.
- Pesquise sobre o financiamento imobiliário
O financiamento imobiliário é a forma mais comum de adquirir um imóvel, mas as condições variam bastante de acordo com a instituição financeira. Antes de se comprometer. Pesquise as taxas de juros, o prazo de pagamento, o Custo Efetivo Total - CET) e a possibilidade de amortizar o saldo devedor. Algumas modalidades de financiamento incluem o Sistema de Amortização Constante -SAC ou a Tabela Price, que possuem características diferentes, sendo uma mais vantajosa para quem quer pagar menos juros no longo prazo.
- Organize suas finanças pessoais
Comprar um imóvel exige disciplina financeira, e isso inclui manter suas finanças em ordem. Para evitar surpresas durante o processo, busque controlar suas receitas e despesas, criando um orçamento mensal detalhado. O ideal é cortar gastos desnecessários e aumentar a poupança para garantir que você consiga cumprir os compromissos financeiros sem prejudicar sua qualidade de vida.
Além disso, é importante que você mantenha uma boa saúde financeira, o que inclui manter o bom histórico de crédito. Pague suas dívidas em dia, cuide de seu score de crédito e evite contrair empréstimos desnecessários antes de adquirir o imóvel.
- Considere o custo de vida após a compra
Após a compra do imóvel, você terá novos custos, como o pagamento da prestação do financiamento, taxas de condomínio, contas de luz, água, gás, IPTU, entre outros. Além disso, leve em consideração eventuais reformas ou adaptações que o imóvel possa precisar. O ideal é ter uma reserva financeira para cobrir esses custos, sem comprometer o pagamento da prestação do financiamento.
- Aproveite incentivos e subsídios do governo
Em alguns casos, o governo oferece programas de incentivo à compra da casa própria, como o
Minha Casa Minha Vida, que pode ser uma ótima oportunidade para quem está comprando o primeiro imóvel. Esse tipo de programa oferece condições de financiamento com juros mais baixos e subsídios para famílias de baixa renda.
Se você se encaixa nas condições do programa, vale a pena consultar se há algum benefício disponível para a sua faixa de renda e localização.
- Simule o financiamento antes de fechar o contrato
Antes de assinar qualquer contrato de financiamento, simule as condições do empréstimo com diferentes bancos. Compare taxas de juros, prazos e condições para ter uma visão clara de quanto você pagará ao longo dos anos. Isso pode ajudá-lo a tomar uma decisão mais assertiva e evitar surpresas no futuro.
Além disso, preste atenção na possibilidade de fazer uma portabilidade do crédito, caso encontre uma condição melhor em outro banco no futuro.
Fonte: Exame/Liveprint